A "taxa de desconto social" é usada para ponderar os custos da ação climática para as gerações atuais em relação aos seus benefícios para as gerações futuras. Quanto maior a taxa de desconto, mais as gerações atuais são priorizadas em relação às gerações futuras. Tradicionalmente, taxas de desconto mais altas eram justificadas com a suposição de que o crescimento econômico garantido tornaria as gerações futuras mais ricas. Mas o agravamento dos danos causados pela crise pode torná-las muito mais pobres. Pode até ser catastrófico. Portanto, há um consenso cada vez maior de que as taxas de desconto devem ser baixas, zero (em que o bem-estar das gerações atuais e futuras é tratado igualmente) ou até mesmo negativas (a preocupação com o bem-estar dos povos futuros exige ações urgentes hoje).

Também houve uma mudança na forma como pensamos sobre os "custos" atuais das ações climáticas e ecológicas. Substituir as usinas de carvão e eliminar gradualmente os veículos sujos pode custar dinheiro, mas isso reduzirá a poluição do ar, entre outros benefícios hoje, além de reduzir os efeitos da emergência climática no futuro.

Alguns economistas argumentam que taxas de desconto mais baixas poderiam desviar o investimento das comunidades mais pobres hoje, em favor das gerações futuras. É por isso que muitos formuladores de políticas ainda acham que há uma troca entre a ação de hoje e seus benefícios futuros. No entanto, essa pode ser uma falsa troca. O acesso à água potável, à energia, à moradia e a outros fundamentos muitas vezes pode ser alcançado sem grandes custos ambientais.

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Você pode fazer isto apenas uma vez por rodada.

• O que são taxas de desconto social? (Escola de Economia de Londres, Instituto de Pesquisa Grantham)

• O cálculo obscuro que está transformando a política climática (Knowable Magazine)

• O uso de uma taxa de desconto zero poderia ajudar a escolher melhores projetos e a chegar ao carbono líquido zero (blogs do Banco Mundial)